sábado, 4 de abril de 2009

Autodefinir-se

Responder à pergunta “Quem sou eu?” é bem complicado.
Poucos são os conseguem. A grande maioria sequer tem ideia de como fazê-lo, porque é algo extremamente complexo.
Há uma série de fatores que tentam justificar essa enorme dificuldade de se autotraduzir. Muitos dirão que é porque a vida está em constante transição e que, por isso, chegar a uma inferência é praticamente impossível; outros dirão que até sabem a resposta, mas que não sabem traduzir essa visão em palavras; alguns ousados optam por deixar a critério, preferem que cada um construa sua própria perspectiva.
Talvez eu seja um amálgama desses três posicionamentos, visto que algumas das minhas visões sofrem mudanças resultantes de fatos que me ocorrem e me fazem mudar completamente a maneira de pensar; também porque muitas vezes me deparo com sentimentos tão complexos que são impossíveis de materializar em palavras; e por muitas vezes deixar que cada pessoa se vista da impressão que considerar apropriada, mas eu me permito dizer que quase sempre se equivocam os que tentam construir uma ilação com base em impressões iniciais.
Bom... A esperança é que um dia eu chegue, enfim, a um posicionamento sobre quem sou, sobre como eu me vejo, mesmo admitindo que essa seja uma tarefa difícil - muitos nunca conseguiram -, mas pelo menos uma visão geral eu terei e esta será fruto de tudo que for vivido por mim, todas as experiências, sejam elas vitoriosas ou frustrantes.
Por enquanto eu prefiro me definir como alguém que vive numa permanente busca, ainda que não saiba exatamente de quê. E eu sei que não sou a única nessa condição, pois a busca, mesmo sem objetivo definido, é algo intrínseco ao ser humano, é como se funcionasse como combustível para nos reinventar e motivar a cada dia. Posso dizer também que sou alguém, não inconstante ou volúvel, mas alguém que experimenta o novo sempre. Considero isso imprescindível na construção da própria identidade e da própria história de vida.
No mais, eu digo que sou um ser em fase de descobertas, de aprendizado e de crescimento interior e que está começando a perceber o quão bela e fantástica é a vida. Por mais que a gente às vezes tenha tendência a reclamar de algumas coisas que nos acontecem, tudo faz parte de um encadeamento perfeito, tudo tem um porquê, uma significação, uma finalidade indispensáveis para o magnífico curso da vida.

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