quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Logo ali

Quero abrir a porta e seguir até o nada. É isso. O maior desejo do momento é esse. Quero destravar o trinco que embarreira minha caminhada despretensiosa e seguir tranquilamente por entre as veredas logo ali. Algo me diz que em algum lugar haverá um vasto rio e que, quando me deparar com ele durante essa expedição, sentarei à beirada e imaginarei um barquinho distante percorrendo paciente a imensidão. Contemplarei o fluir de sua caminhada e a calma com a qual transpõe os empecilhos. Ele aportará em algum lugar quando os ventos avisarem que a jornada terminou. Sensação de dever cumprido terá ele? Ou de que algo mais pode ser feito? Não sei. Sei, é bem verdade, que me vejo como o barquinho. E é só o que eu digo agora.