sábado, 9 de janeiro de 2010

Esse embalo

No embalo da vida me perco, estremeço, faço, aconteço. Esse embalo é leve como a brisa calmante de uma tarde de sol, de sombra. É um embalo matreiro, que dissimula e não faz cerimônia. É árduo. Brinca com nossa capacidade, com nossas forças e limites. Por outro lado, recompensa. É inconstante ao extremo, às vezes é primoroso, às vezes torturante. É sem sentido. É revigorante e atraente. É livre e muitas vezes desobediente. Aprisiona-nos, enlouquece-nos, põe tudo de ponta cabeça. Possui suas próprias regras. Deixa-nos confusos, mistura sentimentos, faz travessuras. Acalma-nos, contenta-nos, dali a pouco transforma-se. Apaixona, envolve. Não é perfeito e às vezes é. Faz-nos querer ficar. Transtorna, emociona e leva-nos a entender que é tudo isso que o torna prazeroso e fantástico. Por isso, mais uma vez, nesse embalo eu vou.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Preparar, atenção... vá

Em certo ponto da nossa vida, finalmente entendemos que só a impulsividade não nos leva muito longe. Uma dose de ponderação é tão indispensável... Ponderação, eis uma palavra agradável. É agradável na grafia, na pronúncia, no sentido, e se for posta em prática na medida certa, então, tudo tenderá para o sucesso.
Parar para pensar é a chave. Quando isto acontece, evita muitas vezes que aborrecimentos venham a nos perturbar, que passemos por situações caricatas, que, tomados por grande emoção, nos precipitemos e coloquemos em risco coisas, pessoas ou sentimentos de grande valia.
Atrelado a tudo isso vem outro ponto: o inconveniente sofrimento por antecedência. Isso sempre aconteceu comigo e eu costumava justificar que sofrendo anteriormente eu me colocava preparada para a negativa situação futura e que se depois eu constatasse o contrário, a alegria seria multiplicada.
Para mim era uma boa explicação. Porém, esse tal sofrimento antecipado é tão torturante, sem falar que o pensamento positivo tem lá sua importância para um resultado favorável, isso olhando pelo lado otimista.
Talvez pareça pouco provável que o impulsivo se torne cauteloso e, mais ainda, que não sofra antecipadamente, mas tenho a impressão de que à medida que passa o tempo, que experiências são adquiridas, que a vida é fruída, isso aconteça naturalmente. Não esperávamos mesmo que fosse algo repentino.
No mais, é viver, ponto.