terça-feira, 11 de março de 2014

Mais cor, por favor

A nossa passagem por esta vida é curta demais e tem muita gente (e eu me incluo) dando mole à toa. Por que viver de angústias, se podemos tentar dar um peso menor às coisas? Por que se fechar contra as pessoas que supostamente fizeram, disseram, pensaram algo sem sequer dar uma chance para que os fatos se esclareçam adequadamente? Por que idealizar um mundo pessoal que só na nossa cabeça é perfeito e sair por aí apontando, se a beleza da vida é a diversidade e o quanto podemos crescer com as trocas e experiências? Por que sempre temos noção do quanto estamos certos e de como podemos solucionar o problema do outro, se não colocamos em prática sequer um terço dos nossos conselhos imbatíveis? Por que o "vai ter troco!" tem mais adeptos do que o "deixa pra lá." que vem do coração? Por que abrimos mão tão facilmente de pessoas que sempre foram verdadeiras conosco, se podemos puxá-las para perto do nosso coração ao primeiro sinal de desconforto e colocar os pingos nos I's com ternura? Por que limitar nossas fontes de sorrisos no rosto, se muito mais coisas podem ser o motivo das melhores gargalhadas? As perguntas nós temos; as resposta, se fizermos um esforço pessoal, também. Mas a prática é outra história. E é justamente ela que dá o tom para nossa evolução. Ainda dá tempo de começar a regar nosso interior com mais amor. Sempre dá. Não podemos é perder tempo. Somos muitos espalhados por esta existência, mas meu mundo vai ser da cor que eu pintar e o seu também. Se as cores escolhidas forem as melhores possíveis, tudo fluirá em agradável sintonia. A nós, inspiração sempre!

sexta-feira, 7 de março de 2014

Lapso



E de repente a consciência me furta da realidade. Tento me situar no espaço e no tempo, mas o mínimo que consigo é sentir a aceleração dos batimentos cardíacos e perceber um deslocamento mental para além de onde se encontra o corpo físico. É tudo desconhecido neste então. Busco-me em mim e nada encontro; tento decifrar a razão, mas é campo intangível.
Entre dúvidas e aflições, a única certeza é a incapacidade de discernir entre o real e o fantasioso. Na mente, esse lapso dura um período longo, porém incomensurável a partir das medidas comumente conhecidas.
De volta ao dito “real”, apodera-me a sensação de ter experimentado um leve delírio. Questiono-me, enfim, se insano não foi me ter permitido voltar.