E de repente a consciência me
furta da realidade. Tento me situar no espaço e no tempo, mas o mínimo que
consigo é sentir a aceleração dos batimentos cardíacos e perceber um
deslocamento mental para além de onde se encontra o corpo físico. É tudo
desconhecido neste então. Busco-me em mim e nada encontro; tento decifrar a
razão, mas é campo intangível.
Entre dúvidas e aflições, a única certeza
é a incapacidade de discernir entre o real e o fantasioso. Na mente, esse lapso
dura um período longo, porém incomensurável a partir das medidas comumente
conhecidas.
De volta ao dito “real”,
apodera-me a sensação de ter experimentado um leve delírio. Questiono-me,
enfim, se insano não foi me ter permitido voltar.
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