Não escrevo por você.
Escrevo por mim.
Escrevo pela necessidade que tenho de encontrar sonoros
versos.
E é em você que eu os capturo.
Mas não é por você que os resgato e lanço ao papel.
É por mim.
É pela necessidade de ver impresso em teu rosto o prazer de
quando percorres com o olhar as palavras que de ti furtei.
As palavras não são minhas.
Tu as põe em minha boca e eu as faço minhas.
São minhas. E quem dirá que não?
Então escrevo.
Mas temo.
Temo revelar-te a ti e temo que descubras meu segredo.
A confidência que guardo em meu peito e que se solidifica
quando me pego contemplando-te e planejando os próximos versos.
Os versos teus/meus.
Tão meus.
Eu.
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