segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Efemeridade existencial

Em momentos crucias me pego pensando em como agir, imaginando o que dizer, calculando os próximos passos, passos estes alicerçados em incertezas, afinal as coisas hoje existem, mas amanhã podem estar desfeitas.
As tênues linhas da existência nos confundem, nos fazem esquecer que tudo que dizemos ter não passa de efemeridades. Criamos, sentimos, idealizamos, mas quem nos garante que haverá prosseguimento, que tudo fluirá de acordo com nossas expectativas e premeditações?
A existência ludibria-nos, encanta-nos, faz-nos afastar a certeza de que não há certeza. É tudo muito controverso. Tudo incerto.
Muitas vezes captura-me a tese de que a inconstância é característica intrínseca à vida e que é isso que a torna a experiência mais incrível que poderíamos degustar. Outras vezes o pensamento de que tudo não passa de jogos matreiros e ardis é que me arremata.
Que tudo não passa de um jogo, é fato. Um jogo que muda a todo instante, que ignora regras (se é que elas realmente existem) e que tem marionetes como personagens. Essas marionetes somos nós. Meras marionetes jogadas a uma imensidão nada conhecida, indefinida, que surpreende.
Às vezes cansa. Eu canso.

Um comentário:

  1. Não canse..
    Não pense nisso, apenas viva..
    Eu sei que é difícil, mas pensar sobre as artimanhas da vida, na maioria das vezes, só nos trás inseguranças, incertezas e tritezas..
    Então pra que pensar? né?
    kkk

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