sábado, 9 de janeiro de 2010

Esse embalo

No embalo da vida me perco, estremeço, faço, aconteço. Esse embalo é leve como a brisa calmante de uma tarde de sol, de sombra. É um embalo matreiro, que dissimula e não faz cerimônia. É árduo. Brinca com nossa capacidade, com nossas forças e limites. Por outro lado, recompensa. É inconstante ao extremo, às vezes é primoroso, às vezes torturante. É sem sentido. É revigorante e atraente. É livre e muitas vezes desobediente. Aprisiona-nos, enlouquece-nos, põe tudo de ponta cabeça. Possui suas próprias regras. Deixa-nos confusos, mistura sentimentos, faz travessuras. Acalma-nos, contenta-nos, dali a pouco transforma-se. Apaixona, envolve. Não é perfeito e às vezes é. Faz-nos querer ficar. Transtorna, emociona e leva-nos a entender que é tudo isso que o torna prazeroso e fantástico. Por isso, mais uma vez, nesse embalo eu vou.

Um comentário:

  1. Eita ficou massa o final me lembrou "embalos de um sábado à noite" acho q é isso hehe

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